João de Melo, o nome Rufino António diz-te alguma coisa? Eu posso relembrar. Foi mais uma criança fuzilada pelos kapangas que defendem o teu “socialismo democrático” de Angola, aquele miúdo que questionou as “ordens superiores” dos donos das metralhadoras e dos canhões pelo facto de estarem a demolir a muito pobre residência dos seus pais.
Por Domingos Kambunji
Por onde andas João, tu que és o defensor da contra-manifestação, quando a oposição reclama por justiça, liberdade, pão?…
O João talvez ande a tentar inventar factores externos para explicar a paranóia dos factores internos da corrupção e repressão e fuzilamento de inocentes.
Há alguns dias li a tua repulsa pelo facto de o Agualusa aproveitar a literatura para a intervenção política. Toda a gente sabe que o José Eduardo Agualusa nunca andou a comer na gamela do Poder, o que tu sabes fazer, há muito tempo.
A tua intervenção, em cinismo e cobardia cívica, há muito tempo é merecedora da atribuição do Prémio Literário Bento Kangamba.
João, o nome Rufino António diz-te alguma coisa? Provavelmente não, porque poderá interromper a digestão das tuas ambiguidades e contradições.
João, com as estrelas que, tu e outros poetas do Reigime Feudal, andam a roubar aos meninos do Huambo e do Zango, também já és General?
Dos cobardes não reza a História, João!
João, neste triste momento, convido-te a demonstrar que és um Homem, não um cata-vento!
Invocando Ary dos Santos, João, aceitamos muita coisa “mas um poeta castrado… NÃO”!